Muito bem, Bob - seu canalha! Foi correndo ler a minha biblia! Wow!Acreditem: o carinha me inspirou a encontrar um sujeito que quase o explica! E bem. Dirão que foi o homem real minha inspiração. Não foi. Apenas a chave de validação para a questão: Bob teria como existir?
Poupado de uma história digna de John Green e premiado com as pernas... DELA!
Pensando em me materializar no seu mundo apenas por inveja. Disputar essa mulher com você, seu velhaco! Mas seria covardia porque eu escrevo o que vocês pensam e sei o que ELA quer sentir. Parabéns Bob. Vocês vão virar livro. E não é que já tem até torcida? Manete à frente e vá treinando. Prometo não tornar as coisas muito fáceis...
Só Uma sugestão, Bob, só uma sugestão:
Look at me, I'm as helpless as a kitten up a tree; And I feel like I'm clingin' to a cloud, I can' t understand I get misty, just holding your hand.
Walk my way, And a thousand violins begin to play, Or it might be the sound of your hello, That music I hear, I get misty, the moment you're near.
Can't you see that you're leading me on? And it's just what I want you to do, Don't you notice how hopelessly I'm lost That's why I'm following you.
On my own, When I wander through this wonderland alone, Never knowing my right foot from my left My hat from my glove I'm too misty, and too much in love.
Bob, Bob, Bob...
Você é um cara legal, mas eu não posso ter um personagem que não acredita em mim. Eu sou Deus lembra? Dei tempo para que sua incoerência se dissipasse. Você falhou. A culpa é minha. Eu o fiz fraco. Eu o criei inconsistente. Sabe, deus tem seus templos e precisa dos seus fiéis para não morrer, já que sem ter quem creia neles, até os Deuses morrem. Meus templos serão as estantes, meus fiéis serão os leitores. Se você não empolga nem a mim,seu criador, que dirá os meus leitores!
Deixa eu te contar uma coisa sobre o mundo adulto (do qual não fazemos parte): Ganhar mulher nadando na grana é mole. Quero ver você fazer isso duro! Ainda mais quando o duro é VOCÊ! Ainda mais quando a mulher é... ELA! Por isso eu gosto do Harry, do Marcelo, da Rita. Eles são quase plausíveis. E você... Bem, você não poderia ser quem é. Não daria. Eu forcei a barra. Quis dá-la de presente a você, pois sendo o mais frágil, você é o meu filho mais querido. Gosto dos outros. Amo você. Mas ELA nunca poderia ser sua. Até hoje. Até eu descobrir enfim a sua verdade.
Lembra daquilo que você pretendia dizer na única cena que me permitiu escrever sobre vocês dois?(Malandrão! Claro que eu vou incluir: Deu muito trabalho para jogar fora assim, sem mais nem menos). Refrescando sua memória - me corrija se esqueci os detalhes, mas era mais ou menos isso:
"-Diga Bob, eu quero ouvir o que você tem para me dizer. Mas diga rápido porque eu não posso esperar para sempre. Antes que eu desista de esperar"
Você ficou caladão, né? Fazendo tipo? Aí chora lágrimas de crocodilo e mete essa sem a menor sombra de escrúpulo:
"-Eu mataria por você, morreria por você. Eu quero...Não! Eu amo você! - disse Bob soluçando"
Que bonitinho! Eu quase acreditei, sabia? Mas essa conversa mole só colaria se você pagasse à menina, Bob. E você não quer isso, você não é tão canalha assim, não é,Bob?
Acho que vou mudar isso um pouco. Dar a você a humanidade que lhe faltava. Desculpe filho, mas isso deve doer um pouco.
Depois de anos eu decidi reativar o blog. Não sei se vou ter muita paciência - como aliás, nunca tive - e por isso peço a sua. Ou não. Na verdade não importa.
Já começo numa "bad." Matei um cara hoje. Matei de novo!
Tranquilo. Guardem os biscoitos e me mandem só os cigarros. Não vou ser preso por isso (até porque, ninguém fica preso nesse país por matar). Meu xará, Roberto "Bob" é imaginário, um personagem do livro que eu não consigo escrever. O que sempre mata bob são duas doenças fatais para uma estória e/ou um personagem: inconsistência e incoerência. No caso dele, a doença é crônica. Penso que o Bob é tão alter ego meu que não podia ser diferente. Somos perdidos. A diferença é que o cara tem grana. E só. Ele não se resolve, não se explica. Ele ama tanto e tão intensamente sua musa que não percebe que não é digno dela. Não deveria, sabe que não deveria, mas ama mesmo assim. E morre me estendendo a mão, num pedido desesperado de socorro, querendo amá-la de novo e mais e sempre e tanto que mesmo em face do maior encanto... acaba morrendo sem alcançar seu intento. Morre miseravelmente, assim como nós todos morreremos. Mas morre sem nascer e isso me irrita como Deus. Não consigo criar minha criatura e a mato com o coração cheio de piedade e tristeza e as mãos sujas com sua fraqueza.Minha fraqueza.
Me lembro da cantada que dei na minha mulher (até hoje não acredito que ela tenha caído em tão sórdida esparrela!): Esmaguei uma flor vadia de jardim e perguntei se ela sabia qual era a vingança da flor. Disse que não. Informei-a - brilhante, o pequeno canalha - que a vingança da flor era deixar seu perfume na mão que a esmaga. PQP! Quando eu penso que isso funcionou, até acredito que Bob poderia se dar bem. Só que não. A mina é muito, mas muito foda! As duas são; a minha e a dele.
E ele é um bunda-mole. Assim, quinemquieu.
E fica na imagem do autor, Deus criador de todas as linhas e todos os parágrafos, a imagem do seu filho com a mão estendida em súplica. Pedindo mais uma chance de se resolver e se explicar enquanto desvanece, sem mais uma vez, mais de uma vez, quase ter sido feliz.
Talvez falte a Bob uma prece. Talvez lhe falte acreditar em Deus como a mim também acontece.
Se Bob existisse, eu queria muito que ele lesse essa postagem. Seria como ter acesso às Tábuas Sagradas de seu Criador. E ao passar a acreditar em minha existência, se tornar viável e me deixar escrever sua estória toda, até o fim.
Já dizia o poeta que somos cadáveres adiados que procriam... Personagens de um livro, conto, peça, são mais tristes. Não podem mudar seu destino, aprisionados nas paginas pétreas dos livros onde habitam. Sob os grilhões da mente que os cria. Adiamos sua morte pela quase-eternidade. Enquanto as traças não comerem o papel, eles existem. Enquanto os livros estiverem guardados em algum sótão ou porão, suas vidas estarão lá, contando a mesma estória. adorados por gerações ou esquecidos em pouco tempo. Ou pior: ignorados como um quadro de Van Gogh.
PS1: Bob, se você estiver lendo isso, saiba que eu não o ignoro. Creiam em mim e eu vos criarei.
PS2: O seu problema, meu caro personagem, é que eu amo sua musa muito mais do que você. E é isso que te fode.
Fora isso, continuo, duro, fodido, endividado e com uma porrada de gatos. Não é uma merda?
Em tempo: os comentários estão abertos. Pode postar. só não pode ser babaca que isso só quem pode sou eu. Meninas podem mandar beijo e cantada que eu gosto. Meninos..grande abraço, mano, blz, flw, vlws. E só. Quem come bofe é cachorro de pobre.